Vereadores de Florianópolis apresentam pedido de CPI da Chabu

Oito vereadores apresentaram nesta segunda-feira (30/09) um pedido de CPI para investigar agentes públicos municipais citados na Operação Chabu, da Polícia Federal. Parlamentares de seis partidos são signatários do pedido, entre eles, o líder do PSOL, Afrânio Boppré. Descrita como “Organização Criminosa” pela PF, o grupo teria montado um esquema ilegal de espionagem para proteger políticos envolvidos em corrupção.

Leia o pedido de CPI da Chabu aqui.

Segundo um relatório da PF, o grupo é investigado pelos supostos crimes de associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência e corrupção ativa. O próprio Prefeito Gean Loureiro chegou a ser preso, em 18 de junho, mas foi solto em seguida. “Diante da gravidade dos fatos novos revelados pela imprensa, é essencial que a Câmara de Vereadores de Florianópolis inicie uma investigação sobre o real envolvimento dos agentes públicos municipais que teriam participação nos crimes citados e investigados pela PF”, afirma Afrânio.

Assinam o pedido de CPI da Chabu, além de Afrânio, os vereadores Marquito (PSOL), Lino Peres (PT), Lela (PDT), Maycon Costa (PSDB), Rafael Daux (MDB), Celso Sandrini (MDB) e Pedrão (PP).

Entenda

Operação Chabu investiga uma organização criminosa formada por políticos, empresários e policiais federais, formada para vender serviços de espionagem para agentes públicos. Os policiais obtinham informações sigilosas de investigações contra políticos, e repassavam ao núcleo empresarial. Estes vendiam as informações, assim como prometiam equipamentos que os deixassem imunes contra investigações, como celulares à prova de escutas. Em troca, o núcleo político nomeava parentes dos envolvidos em cargos públicos e abria as portas para a compra de softwares sem licitação.

José Augusto Alves, cabo eleitoral de Gean, é apontado pela Polícia Federal como um dos líderes da organização criminosa. Sua filha Mariana Pacheco Alves, foi nomeada por Gean para o cargo de assessora na Secretaria de Comunicação da Prefeitura. Segundo a PF, o Prefeito era um dos clientes do esquema, e teria a intenção de criar uma “Sala Segura” dentro da Prefeitura. O objetivo era evitar interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.

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