Sob chuva, 12 mil vão a ato contra cortes na educação em Florianópolis

Nem a chuva torrencial impediu que os estudantes tomassem as ruas da capital contra os cortes na educação promovidos por Jair Bolsonaro. Pelo menos 12 mil pessoas participam dos protestos na tarde desta quinta-feira, 30 de maio, no centro da capital. A estimativa foi realizada a partir da ferramenta MapChecking, um serviço on-line para estimar multidões a partir de mapas do Google.

Militantes do PSOL e da Juventude Manifesta participaram do ato, no centro.

Com capas e guarda-chuvas, os manifestantes se concentraram na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Legislativa, e caminharam pelas principais ruas do centro da cidade. Em certo ponto da manifestação, a rua Tenente Silveira estava completamente tomada, da Praça XV de Novembro até a esquina com a rua Pedro Ivo.

“Florianópolis tem essa energia da juventude que vai às ruas pelos seus direitos. Foi assim na Novembrada, nas Revoltas da Catraca, no Fora Temer e agora nas manifestações contra os cortes na educação”, avaliou o vereador Afrânio (PSOL), que participou dos atos.

No último dia 15 de maio, 30 mil pessoas participaram da mobilização contra os cortes nas universidades e institutos federais.

Autoritarismo

Enquanto milhares de pessoas protestavam em 22 Estados do país, o presidente Jair Bolsonaro joga mais gasolina na fogueira. O Ministério da Educação divulgou uma nota nesta quinta-feira em que afirma que professores, servidores, funcionários, alunos e até mesmo pais e responsáveis “não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar”. A medida foi considerada autoritária e ilegal, pois atenta contra a liberdade de expressão e de manifestação.

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados protocolou, nesta quinta-feira (30), uma representação contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, na Procuradoria Geral da República (PGR), devido à nota divulgada na qual o MEC tenta proibir a livre manifestação e incentiva denúncias contra servidores que participarem.

Para o PSOL, não há dúvidas de que Weintraub fere a Constituição ao ameaçar estudantes, professores e técnicos das escolas públicas de todo o Brasil.

No texto da representação, a bancada afirma que “é uma peça destinada a intimidar o livre exercício do pensamento, de expressão, de manifestação pacífica e ao direito de greve e da autonomia universitária”.

“É um ataque à própria Constituição Federal, naquilo que representa a sua essência, a liberdade dos brasileiros”, argumenta a bancada na representação.

Para ler o texto completo da representação, clique aqui.

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Mostrando 2 comentários
  • Maria Cecília de Miranda Mocker
    Responder

    A manifestação foi emocionante. Meu marido e eu estivemos lá. Pensávamos que teria pouca gente, mas não. Muita energia e vontade política. Parabéns.

  • Vera Maria
    Responder

    Eu acredito na democracia e apoio a iniciativa do PSOL
    Gratos …

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