Agora, 14 de março é Dia Municipal dos Defensores de Direitos Humanos

Foi aprovado um projeto apresentado pela bancada do PSOL na Câmara de Vereadores de Florianópolis que institui o dia 14 de março como Dia Municipal dos Defensores e Defensoras de Direitos Humanos. A data é uma referência ao dia do assassinato da socióloga, ativista e vereadora Marielle Franco (RJ), executada em 2018. A proposta, apresentada pelos vereadores Afrânio Boppré e Marquito, foi aprovada na última segunda-feira (27/05).

Para Afrânio, a criação do Dia dos Defensores de Direitos Humanos é uma conquista para a cidade. “É preciso celebrar todos e todas que lutam para garantir a dignidade humana a homens e mulheres que, por sua condição social, são impedidos de efetivarem seus direitos mais básicos: saúde, educação e moradia”, avalia o vereador.

Ao mesmo tempo, a celebração deste dia no 14 de março faz uma homenagem a uma ativista de direitos humanos que perdeu a vida justamente por lutar pelo que acreditava. “Marielle defendia os pobres, as vítimas de violência, os moradores das favelas, a população negra, LGBT, os policiais vítimas de violência. Sua morte precisa, mais do que nunca, ser solucionada”, argumenta Afrânio.

Quem foi Marielle Franco

Marielle integrou a equipe de campanha que elegeu Marcelo Freixo à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em 2006. Com a posse de Freixo, foi nomeada assessora parlamentar do deputado, trabalhando com ele por dez anos. Ela assumiu a coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e, nesta posição, prestou auxílio jurídico e psicológico a familiares de vítimas de homicídios e policiais vitimados. De acordo com um ex-comandante da Polícia Militar que trocava informações com Franco sobre policiais mortos, “é uma bobagem dizer que não defendia policiais”.

Crítica da intervenção federal no Rio de Janeiro e da Polícia Militar, denunciava constantemente abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. Em 14 de março de 2018, foi assassinada a tiros junto de seu motorista, Anderson Pedro Mathias Gomes, no Estácio, Região Central do Rio de Janeiro.

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