“Tsunami da Educação” volta às ruas contra o “Future-se” no dia 13
Organizações do movimento estudantil prometem voltar às ruas no próximo dia 13 de agosto, no movimento conhecido como “Tsunami da Educação”. As manifestações foram convocadas pela União Nacional dos Estudantes, durante seu 57º Congresso, realizado em Brasília. Em Florianópolis, os protestos estão marcados para às 16 horas , em frente a Catedral Metropolitana.
Além dos cortes na educação, que já somam R$ 6 bilhões, os estudantes também querem sepultar o projeto “Future-se”, que abre as portas das universidades para a privatização e para a cobrança de mensalidades na rede federal. “Esse é o caráter da gestão do MEC. Corta direitos, promove o desmonte do ensino público, oferece às instituições federais para o setor privatista num plano perverso e ainda não se põe a disposição para dialogar com setores que vivem na pele o cotidiano do descaso”, afirmam as entidades, na convocatória.
O vereador Afrânio Boppré é entusiasta do Tsunami da Educação. Por iniciativa do mandato, a Câmara de Florianópolis aprovou uma moção de repúdio contra os cortes nas Instituições Federais de Ensino. “O governo Bolsonaro se caracteriza pelo ataque à educação, ao ensino, ao conhecimento científico e a toda forma de saber que contraria suas convicções. É uma agenda obscura que precisa ser derrotada”, avalia o vereador.
Neste ano, as manifestações contra o desmonte da política educacional do país reuniram multidões em Florianópolis. No protesto de 30 de maio, mesmo sob chuva torrencial, 12 mil pessoas foram às ruas. Quinze dias depois, 25 mil manifestantes ocuparam as principais ruas do centro da capital. A expectativa das entidades é de que as mobilizações continuem grandes, já que boa parte dos efeitos do bloqueio de recurso já começa a aparecer nas instituições. Recentemente, a UFSC divulgou nota afirmando que não terá recursos para pagar as contas de energia elétrica.