“Isso é roubo”, diz ex-secretário de transporte sobre preço da tarifa

O ex-secretário de Transportes e Mobilidade de Florianópolis Valmir Piacentini, classificou como “roubo” o atual valor da tarifa de ônibus na cidade. A declaração foi dada em seu depoimento para depor na CPI dos Transportes, realizada pela Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira (13/06). Ele respondeu pela pasta entre 2013 e 2015, na gestão do ex-prefeito César Souza Junior (PSD).

Assista a reunião da CPI

Durante sua fala, Piacentini afirmou que estava afastado do setor e que não sabia quanto custava a passagem. Ao ser informado do preço de R$ 4,40, exclamou: “Como?! Mas isso é um roubo!”.

Piacentini também criticou a falta de transparência no sistema de transportes. Comparou o serviço com o de outras concessionárias, afirmando que é comum que as empresas que prestam serviços públicos divulguem seus balancetes anuais.

O líder do governo, Renato Geske (PL), perguntou sobre a dívida assumida pela Prefeitura em relação a uma taxa de utilização dos terminais. O Consórcio Fênix processou o município, alegando que os preços pagos não eram reajustados. Quando Geske concluiu sua defesa das concessionárias, o ex-secretário afirmou: “De qualquer forma, ninguém faliu, não é vereador?”.

Propriedade dos ônibus

O vereador Afrânio (PSOL) indagou Piacentini sobre seu projeto que transfere a propriedade dos ônibus novos ao município. “Quando houver uma licitação, as empresas atuais terão uma frota de 400 ônibus que foram pagos pelos cidadãos de Florianópolis. Qualquer empresa que venha concorrer não vai ter as mesmas condições”, argumentou.

Piacentini concorda que ônibus deveriam ser do município, mas que juridicamente a lei municipal não indica neste sentido. “Eu concordo com a sua posição, mas me foi explicado na época que era assim”.

A passagem de ônibus da Capital aumentou 55% em apenas quatro anos, enquanto o reajuste do índice de Preços do Consumidor foi de 28,8%. A comissão vai ouvir todos os ex-secretários de transporte da cidade desde o governo de Sérgio Grando (1993-1996).

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