5 polêmicas de Ana Campagnolo, a deputada do Escola Sem Partido

Embalada na onda Bolsonaro, a professora Ana Campagnolo foi eleita deputada estadual em 2018. Árdua defensora do projeto “Escola Sem Partido”, ela voltou aos holofotes nesta semana. Foram reveladas antigas mensagens numa rede social onde Campagnolo fazia apologia ao uso de maconha e outras drogas. Com a repercussão negativa, Campagnolo deletou sua conta no Twitter.

Mas esta não é a única polêmica envolvendo a jovem conservadora. Em poucos meses de mandato, a parlamentar acumula desgastes, acusações de corrupção e derrotas judiciais. Conheça os 5 principais casos abaixo.

1. Reprovação no Mestrado em história

Em 2013, Ana Campagnolo foi selecionada no mestrado em História da Udesc. Seu projeto de pesquisa tinha como tema “Virgindade e Família: mudança de costumes e o papel da mulher percebido através da análise de discursos em Inquéritos Policiais da Comarca de Chapecó (1970-1988)”. Inicialmente, Campagnolo foi orientada pela professora Marlene de Fáveri, que leciona a disciplina “História e Relações de Gênero” .

Ao longo do curso, Campagnolo obteve baixo desempenho acadêmico, entrou em conflito com professores e trocou de orientadora. Tempos depois, foi reprovada. Em julho de 2016, ela processou Marlene de Fáveri, alegando “perseguição ideológica” e “discriminação religiosa”. Em setembro de 2018, Ana Campagnolo perdeu a ação judicial, mas recorreu. A exposição midiática a levou a ser uma das principais vozes do “Escola Sem Partido”.

2. Patrulhamento ilegal de professores

Logo após o anúncio da vitória de Jair Bolsonaro para presidente, Campagnolo lançou um canal na internet para patrulhar professores. Ela incitou alunos gravarem e denunciarem  professores que manifestassem opiniões contrárias a da deputada. O “disque-denúncia” provocou reações de diversas entidades, que consideraram a iniciativa ilegal, pois afronta à liberdade de cátedra e de expressão. Ela foi processada pelo Ministério Público, e após um vai-e-vem na Justiça, o Supremo Tribunal Federal considerou o patrulhamento ilegal em fevereiro deste ano.

3. Uso de diárias para fins pessoais

Ana Campagnolo cobrou diárias da Assembleia Legislativa (Alesc) em datas que coincidem com o lançamento do livro “Feminismo: Perversão e Subversão” em cidades do interior do Estado. O levantamento, feito pelo Notícias do Dia, cruzou informações da agenda da deputada e do Portal da Transparência da Alesc. Segundo o jornal, foi possível constatar a cobrança de diárias relacionadas ao lançamento do livro elo menos seis casos, nas cidades de Chapecó, Criciúma, Fraiburgo, Guaramirim, Itajaí e Itapoá. Questionada por jornalistas, Campagnolo reagiu com violência. Classificou jornalistas de “bunda moles”, “canalhas” e de pessoas com “problemas de cognição”. As declarações foram repudiadas pelo Sindicato dos Jornalistas, Federação Nacional dos Jornalistas e por associações de imprensa do Estado e do país.

4. Acumulo ilegal de dois salários por um assessor

O jornal Diarinho revelou que Marcos Meurer, assessor de Ana Caroline Campagnolo (PSL) estava recebendo, ilegalmente, salário acumulado vindo da Assembleia Legislativa e da Prefeitura de Itajaí. Em dois meses, Meurer recebeu mais de R$ 32 mil, contando os dois salários. A prefeitura confirmou o pagamento indevido durante o período e diz que está exigindo a devolução do dinheiro.

5. Uso de maconha e falso moralismo

No último dia 8, mensagens antigas publicadas por Ana Campagnolo no Twitter foram relevadas por usuários daquela rede social. Nas mensagens, publicadas em 2012, Campagnolo fala abertamente em consumo de maconha e outras drogas, tema com muita rejeição na base eleitoral da deputada. As publicações viralizaram nas redes, após serem publicadas pelo jornalista Leonel Camasão, presidente do PSOL Florianópolis. A deputada excluiu seu perfil da rede social e passou a fazer ataques pessoais ao ex-candidato do PSOL, chamado de “analfabeto funcional” e “fracassado”. Tentando mudar o foco da polêmica, Ana apresentou um projeto para exigir exames toxicológicos dos professores de ensino regular e superior em todo o Estado de Santa Catarina.

Censura na educação será tema de seminário

O mandato do vereador Afrânio Boppré (PSOL) realiza em maio um seminário com o tema “Escola Sem Partido”. O ex-deputado Chico Alencar e a professora Marlene de Fáveri estão entre os palestrantes. O encontro será no dia 9 de maio, no auditório da Unisul Dib Mussi, às 19 horas. Em breve, mais informações.

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Mostrando 5 comentários
  • Renato Cordeiro
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    Louca desvairada…

  • vanda da silva
    Responder

    Como todos os “olavetes”reacionários, tresloucados e fundamentalistas do desgoverno nazifascista, a parlamentar neófita é mais uma hipócrita, cínica e corrupta que foi alçada ao poder pela ignorância dos “pobres de direita”, pela arrogância da classe “mérdia’ e pela truculência da burguesia tosca e tacanha brasileira. Mas aos poucas as máscaras vão caindo.

  • osmar drum
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    esta deputada e resquicio das cagadas que o povo de santa catarina sempre faz elegendo joaoa rodrigues e outros tantos ladroes.

  • Maria Isolete
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    Parece que temos que chegar ao fundo do poço para reagir… Só que a cada vez que penso que estamos lá, acontece algo pior! Tenho muito medo do que está por vir, principalmente com a educação que é a minha “área”.

  • Acelio Filho
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    O uso do cargo e da tribuna pra divulgar conteúdo pra fins pessoais deveria ser o tópico 0(zero)
    Desde o seu primeiro pronunciamento ela acaba sendo o tema, no final.
    Filminhos roteirizados são passados no telão e são feitas análises textuais de reportagens, distorcendo fatos pra alimentar seus argumentos vitimistas de ser perseguida por ser católica.
    Me causa medo, pela aparência dela; de quem possui uma patologia psicótica.
    Sugiro que seja pedido um teste de sanidade mental, e aproveitaria pra fazer o tal “teste toxicológico” que ela tanto quer fazer nos outros.

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