Investigado na Operação O² tem negócios com governo Gean

Um dos principais investigados no âmbito da Operação O², deflagrada por uma força-tarefa que envolve Ministério Público (MPSC), Tribunal de Contas do Estado e Polícia Civil, Fábio Guasti, mantém negócios com a prefeitura de Florianópolis. Há uma semana, o vereador Afrânio Boppré (PSOL) protocolou, na Câmara, requerimento solicitando informações a respeito da contratação de empresa, com dispensa de licitação, para administrar e fornecer vale alimentação emergencial às famílias de alunos da rede de ensino municipal e trabalhadores autônomos.

Afrânio quer que a Prefeitura explique a razão da emissão de empenhos de pagamentos à empresa Meuvale Gestão Administrativa Ldta, de propriedade de Fábio Guasti. “Não estou afirmando que é ilegal, mas quero entender porque a Prefeitura está realizando pagamentos de quase R$ 400 mil para a Meuvale, uma vez que o extrato dos contratos pulicados do Diário Oficial, deixa bem claro que a contratação é sem custo para o Município”, diz o Vereador.

O escândalo dos respiradores

Fábio Deambrósio Guasti é identificado nas investigações da Força Tarefa como responsável por atuar em nome da empresa Veigamed, envolvida na suposta fraude na compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões pelo governo do Estado. Guasti é agente bastante ativo durante todas as tratativas da contratação da Veigamed, sendo ainda um dos destinatários de e-mails enviados pela Secretaria da Saúde para tratar do atraso na entrega dos respiradores pulmonares. Indicado para o negócio pelo ex-Secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, e identificado no pedido de prisão temporária do MPSC, como “Fábio da Meuvale”, Guasti prometeu, segundo o MPSC, a entrega dos equipamentos em tempo recorde, sendo o prazo do primeiro lote de 100 respiradores para os dias 5 a 7 de abril – tendo como única condição justamente o pagamento antecipado.

Além da prisão temporária do empresário e outros sete investigados, incluindo o ex-secretário Douglas Borba, o MPSC também pediu a indisponibilidade dos bens de todos os envolvidos na Operação O², deflagrada no sábado (9).

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