TRF-4 deve decidir sobre afastamento de Gean nesta semana

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) deu 72 horas para que a Polícia Federal e o Ministério Público se posicionem sobre o afastamento de Gean Loureiro das funções de Prefeito de Florianópolis. A decisão do desembargador Leandro Paulsen ocorreu após a defesa de Gean pedir o retorno ao cargo. O prazo para as manifestações das autoridades terminou no último sábado (22/06). A expectativa é de que Paulsen julgue o recurso nesta semana.

Segundo informações que circulam nos bastidores, a PF teria se manifestado pela manutenção do afastamento de Gean. O principal motivo seriam os registros de WhatsApp, onde o Policial Rodoviário Federal, Marcelo Winter, pede ao empresário José Augusto Alves a manutenção de sua esposa em um cargo comissionado na Secretaria de Assistência Social. Após a solicitação, Alves pede ajuda a Gean Loureiro para manter Adriana Bernardi na função. Este intercede em favor dos principais investigados e mantém Adriana no cargo e justifica: “Nossa segurança”.

Outra razão para manter o afastamento é a suposta criação de uma “sala-segura”, um espaço a prova de interceptações e rastreamentos por parte das autoridades policiais. Apesar de publicamente o prefeito afastado ter minimizado o caso, dizendo ser “coisa de filme de espionagem”, as evidências revelam que os equipamentos para criar tal espaço foram contrabandeados pelos suspeitos.

“Me parece que a tendência é pela manutenção das medidas cautelares contra Gean Loureiro, por utilização indevida do cargo”, argumentou o vereador Afrânio Boppré (PSOL).

O TRF-4 deve avaliar o pedido de Gean para retornar ao cargo, nesta segunda-feira (24). O vice-prefeito João Batista Nunes (PSDB) já assumiu o cargo interinamente na quarta, dia 18.

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