Agora é Lei: nova escola da Tapera é denominada Escritor Salim Miguel

O Diário Oficial do Município publica nesta quinta-feira (20) a Lei 10.741 que denomina a Escola Básica Municipal da Tapera, Escritor Salim Miguel, promulgada pelo presidente da Câmara de Florianópolis, Fábio Braga. A iniciativa da Lei é do vereador Afrânio Boppré (PSOL) que homenageia o escritor falecido em 2016, aos 92 anos e com quem Afrânio trabalhou no governo da Frente Popular na prefeitura da Cidade, entre 1992 e 1996.

A Lei foi promulgada pelo Presidente da Câmara, porque não houve manifestação do prefeito Gean Loureiro no prazo de quinze dias úteis, estabelecidos para a sua sanção. “O Prefeito teve mais de duas semanas para assinar a Lei, mas não o fez porque, ao que parece, anda muito ocupado gravando vídeos com boletins meteorológicos”, observa Afrânio. Para o Vereador, o mais importante é que Florianópolis celebra e resgata a memória de um dos escritores mais importantes do País, e que deu uma enorme contribuição para a cultura de Florianópolis.

A Escola

A nova escola da Tapera, que começou a funcionar no começo de 2020, tem capacidade para atender cerca de 520 estudantes. A construção, com 5.455,20 m², tem diversos laboratórios, espaço maker, sala de artes, sala de música, sala de tecnologias, sala multimeios, biblioteca, além de um ginásio de esportes. A escola conta ainda com duas quadras esportivas e refeitório. A unidade está situada na Rodovia Açoriana, no acesso ao bairro Tapera.

O Escritor

Salim nasceu no Líbano, em 1924, filho de um professor primário, chegou ao Brasil três anos depois com a família, residiu durante um ano no Rio de Janeiro, depois passou a viver em Biguaçu. Um dos mais destacados escritores de Santa Catarina, Salim Miguel foi um dos fundadores do Grupo Sul, movimento artístico que trouxe o modernismo a Santa Catarina na década de 1950. Foi diretor executivo da Editora da UFSC e presidente da Fundação Cultural Franklin Cascaes, durante a gestão do prefeito Sérgio Grando.

Em Florianópolis, Salim residia com a mulher, a escritora e professora, Eglê Malheiros, em um apartamento na Carvoeira. Dono de uma vasta e premiada obra literária, Salim teve longa atuação como jornalista, foi dono de livraria e editora e se aposentou como funcionário público. É considerado, depois de Cruz e Sousa, o mais importante escritor de Santa Catarina e a principal personalidade cultural catarinense do século XX.

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