Após ampla mobilização, UFSC rejeita o Future-se

Após gigantesca mobilização na última segunda-feira (02/09), o Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) rejeitou integralmente a adesão ao projeto “Future-se”, nesta terça. A resolução foi de acordo com as deliberações dos estudantes, servidores técnicos e professores, que rejeitaram a inciativa do Ministério da Educação por ampla maioria. Na segunda, mais de 4 mil pessoas lotaram o auditório Garapuvu e seus arredores, no Centro de Cultura e Eventos. A rejeição ao “Future-se” no Conselho Universitário se deu por unanimidade, com voto dos diretores dos 11 centros de ensino e dos quatro campi da UFSC pelo Estado.

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Nota: Em defesa da UFSC e da educação Brasileira

Durante o debate, as lideranças estudantis e dos servidores fizeram a defesa do ensino público e gratuito; criticaram pontos do projeto como a vinculação da gestão das instituições a instituições privadas. Na prática, o Future-se é apenas uma minuta de um projeto de lei. Entretanto, o governo de Jair Bolsonaro já cogitou aplicá-lo por Medida Provisória, o que faria o projeto entrar em vigor imediatamente.

A manifestação aprovada nesta terça serve como uma posição inicial da UFSC sobre o tema. Em todo o país, o ensino público federal tem se manifestado contrário ao projeto do ministro Abraham Weintraub. Mais de 40 universidades e institutos federais já divulgaram críticas ao Future-se e pelo menos outras seis já se manifestaram oficialmente contra a adesão ao programa. São elas a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal do Amapá (Unifap).

“Em um contexto de medidas de bloqueio e drásticos cortes orçamentários, ao qual estão submetidas as instituições federais de ensino, e da absoluta ausência de diálogo para a propositura desse programa, a análise do PL trouxe muitas incertezas quanto aos reais benefícios em prol da manutenção financeira de todo sistema universitário público, e muitas dúvidas a respeito dos impactos acadêmicos que o programa pode trazer às instituições federais de ensino superior”, diz um trecho da resolução aprovada pelo conselho.

No dia 7 de setembro, o movimento vai participar de mobilizações em defesa da educação em todo o país. Para o vereador Afrânio (PSOL), que acompanhou a mobilização, é preciso construir um amplo movimento em defesa da UFSC e da educação pública. “Os estudantes, servidores e professores deram o recado contra este projeto de destruição da universidade. Todos às ruas em defesa da educação”, afirmou o vereador.

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