Chefia do executivo municipal na mira da CPI dos radares

A CPI dos Radares, da Câmara Municipal de Florianópolis, divulgou parecer provisório indicando que o dinheiro apreendido com servidores municipais pela Polícia Federal em 2014 seria destinado ao “caixa 2” das campanhas da coligação PSD, que reelegeu o governador Raimundo Colombo.

Em setembro do ano passado, a Polícia apreendeu R$ 100 mil com o servidor municipal Júlio Pereira Machado, o Caju, após uma visita à empresa Kopp. Caju, que seria indicação política do vereador afastado Cesar Faria (PSD), era diretor de licitações do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) e a empresa operava os radares no município. O automóvel estava adesivado com material de campanha de candidatos do PSD. Além do dinheiro, havia uma minuta de contrato para ampliação do serviço de radares em Florianópolis.

O relatório solicita a retirada imediata dos radares administrados pela denunciada Kopp e cobra a suspensão dos contratos de semáforos e sinalização, que continuam sendo executados respectivamente pelo denunciado Carlos Henrique de Almeida, o Baiano e pela Sinasc. A Comissão ainda cobra da prefeitura de Florianópolis o porquê da demora em prestar informações à Câmara.

Contratos

Os contratos com as empresas de radares, são uma das frentes de investigação da operação Ave de Rapina. A Justiça afastou do exercício do mandato o vereador Cesar Faria, por conta das denúncias apresentadas pela Polícia Federal e que provariam o envolvimento dele nas ilegalidades.

Em seu depoimento, na CPI, o então Diretor de Licitações da prefeitura, Jarrie Albani Leria, assegura que todos os contratos e licitações estavam centralizados no Grupo Gestor, liderado pelo chefe do executivo.

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