Contra terceirização e ajuste fiscal, o Brasil vai parar nesta sexta-feira, 29

Na próxima sexta-feira, 29 de maio, trabalhadores de várias categorias, dos setores público e privado, em atendimento ao chamado das centrais sindicais e dos movimentos sociais, promovem mobilizações nos locais de trabalho e paralisações em todo o país. O objetivo central do Dia Nacional de Paralisação Rumo à Greve Geral, do qual o PSOL se integrará com a sua militância, é mostrar a indignação com as políticas levadas a cabo pelo governo da presidente Dilma Rousseff e com o avanço das pautas conservadoras em discussão no Congresso Nacional. Nesse dia, trabalhadores e estudantes, organizados nas fábricas, escolas, universidades, órgãos públicos, hospitais e tantos outros locais de trabalho e espaços públicos dirão não ao ajuste fiscal da equipe econômica do governo e exigirão a revogação dos efeitos das Medidas Provisórias 664 e 665 e do projeto da terceirização, aprovadas na Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado Federal.

O Diretório Nacional do PSOL, em reunião nos dias 16 e 17 de maio, em Brasília, aprovou ampla participação de sua militância nas atividades do dia 29 de maio. Para a direção do partido, o momento de uma profunda crise, em especial de ordem econômica, mas com desdobramentos político, social e ambiental, exige unidade com base em saídas à esquerda. Isso requer, portanto, um esforço dos vários setores da esquerda brasileira para definir agendas conjuntas e retomar as mobilizações, na linha do que ocorreu no dia 15 de abril, quando diversos setores dos movimentos sindical e social promoveram atos e paralisações nos mais variados locais de trabalho. “A convocação de um grande dia de lutas e paralisações contra os ajustes de Dilma/Levy e o PL 4330 (PLC 30/2015 no Senado) para o próximo dia 29 representa um esforço nesse sentido. O PSOL é entusiasta e participará com força do movimento visando construir unificadamente uma efetiva greve geral no país”, ressalta a direção do partido.

Barrar os retrocessos
Uma das centrais sindicais que convoca o dia de luta unificado, a Intersindical explica que a proposta é cruzar os braços, no setor público e privado, no campo e na cidade, em defesa dos direitos que estão sendo atacados pela política dos governos federal e estaduais e pela ofensiva da direita que quer impor uma agenda de retrocessos e retirada de direitos. Outros pontos incluídos na pauta da Intersindical para o dia 29, além do projeto da terceirização e das políticas de ajuste implementadas pelo Palácio do Planalto, são a luta contra a redução da maioridade penal e o genocídio da população pobre e negra, o agronegócio e a agenda conservadora encabeçada pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A CSP-Conlutas, central sindical que também reforça o chamado, informa que no principal centro financeiro do país, o estado de São Paulo, várias categorias já definiram por paralisar os trabalhos.  Os condutores de ônibus municipais, intermunicipais na capital paulista, ABC, Baixada Santista, Campinas, Sorocaba entre outras regiões, por exemplo, já indicaram que farão ações no dia 29. Também estão previstas passeatas, que serão realizadas com o apoio dos movimentos sociais e popular.

Ainda de acordo com a central, alguns setores estão programando fazer concentrações nas portas de shoppings de São Paulo com o objetivo de orientar que os trabalhadores não entrem para trabalhar. O mesmo será feito no setor de telecomunicação.

Em vários estados, professores da rede estadual estão em greve e devem intensificar o movimento no dia 29. A partir desta quinta-feira (28), docentes e servidores técnicos administrativos das universidades brasileiras, organizados na base do Andes-SN e da Fasubra, iniciarão a greve por tempo indeterminado, o que também reforçará o dia de luta unificada.

Por Leonor Costa, PSOL Nacional

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