Frente Parlamentar debate serviços de saúde mental em Florianópolis
A Frente Parlamentar de Saúde Mental da Câmara de Florianópolis realizou nesta quinta (30) uma reunião ampliada para debater assuntos relacionados à Saúde Mental no Município de Florianópolis.
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O encontro contou com a participação de representantes do Ministério da Saúde, da Prefeitura de Florianópolis, da Associação Alegremente e usuários do sistema de saúde.
Foram discutidos a aprovação da lei que cria o “Janeiro Branco” no calendário do município, mês dedicado à reflexão e ações referentes à saúde mental e a reforma do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do bairro Agronômica. A unidade foi interditada e transferida para a região Continental de Florianópolis, em fevereiro.
Segundo a Prefeitura, o objetivo ao desocupar o imóvel era realizar uma reforma no local. No entanto, depois de transferir o CAPS para o continente, o Executivo descobriu que a cedência do imóvel que pertence ao Governo do Estado estava vencida.
Um novo pedido de cessão foi realizado, mas o Estado suspendeu qualquer renovação até junho. No próximo dia 3, haverá uma reunião mediada pelo Ministério Público entre a prefeitura e o Estado para tentar resolver a situação.
O CAPS atende pessoas com transtornos mentais graves. Desde a mudança para o continente, muitos pacientes reclamam da distância para chegar até a nova unidade. Segundo a Associação Alegremente, 40% dos usuários vem do norte da Ilha, já tinham que se deslocar até a Agronômica.
Também entrou na pauta a instalação do CAPS 3 AD (álcool e drogas), outro equipamento público urgente para os usuários do sistema público de saúde do Município. A coordenadora da saúde mental da prefeitura, Júlia Maria Souza, informou que estão feitos estudos de Recursos Humanos necessários para a implementação do CAPS 3 AD. No dia 13 de junho, uma reunião com a coordenadora de saúde mental do estado será realizada a fim de se discutir a possibilidade desta unidade atender a microrregião.