Presidente do PSOL participa de organização dos atos do dia 20

Em um cenário de aprofundamento da crise econômica, política e social, aumento das políticas de ajuste fiscal pelo governo e ofensiva da direita retrógrada, sob a direção de Eduardo Cunha – presidente da Câmara dos Deputados, uma ampla frente de movimentos sociais sairá às ruas de todo o país em grandes manifestações no próximo dia 20 de agosto, quinta-feira.

Os atos estão sendo organizados por diversas organizações políticas, dentre elas o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e diversos movimentos de juventude, e é construída e apoiada pelo PSOL.

Na última reunião de organização das manifestações, ocorrida no sábado (15), o PSOL esteve representado pelo seu presidente nacional, Luiz Araújo, além de militantes e dirigentes do partido. O PSOL foi o único a enviar seu presidente à organização do ato.

Para Luiz Araújo, a importância das manifestações é unificar um conjunto de militantes e movimentos sociais em torno de uma agenda política que consiga barrar o avanço de políticas conservadoras do governo federal, principalmente o ajuste fiscal e a “Agenda Brasil”, bem como de forças conservadoras, representadas por Eduardo Cunha e seus aliados no Congresso.

“O PSOL se soma a todos os movimentos que visem lutar por mais direitos e contra qualquer ataque aos já conquistados”, afirma Araújo. “Para nós, é muito importante colocar os movimentos sociais nas ruas de forma unitária, com base no manifesto lançado pela frente de organização do dia 20”.

Guilherme Boulos, da Coordenação Nacional do MTST, lembra que a construção do dia de lutas é resultado de uma ampla articulação de movimentos que já vinha construindo, desde 2014, grandes manifestações na luta por direitos. “Temos dois eixos principais: o enfrentamento à ofensiva de setores conservadores, desde Eduardo Cunha à redução da maioridade penal, e o combate decidido à política econômica do governo, que com o ajuste e a Agenda Brasil joga para o colo dos trabalhadores o preço da crise”.

Boulos afirma que o campo político popular e de esquerda criado a partir dessa plataforma dos movimentos deve ganhar força organizativa no próximo período. “Buscamos apresentar ao Brasil uma saída à esquerda neste cenário de crise. Com absoluta autonomia a governos e partidos, queremos acumular força, mudar a correlação da sociedade em busca de uma transformação social profunda no país”, conclui.

A articulação elencou três pautas principais, expressas no manifesto unitário lançado na convocação do dia de lutas:

– Contra o ajuste fiscal: que os ricos paguem pela crise!

A política econômica do governo joga a conta nas costas do povo. Ao invés de atacar direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros, defendemos que o governo ajuste as contas em cima dos mais ricos, com taxação das grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro, além de uma auditoria da dívida pública. Somos contra o aumento das tarifas de energia, água e outros serviços básicos, que inflacionam o custo de vida dos trabalhadores. Os direitos trabalhistas precisam ser assegurados: defendemos a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e a valorização dos aposentados com uma previdência pública, universal e sem progressividade.

Fora Cunha

Eduardo Cunha representa o retrocesso e um ataque à democracia. Transformou a Câmara dos deputados numa Casa da Intolerância e da retirada de direitos. Somos contra a pauta conservadora e antipopular imposta pelo Congresso: Terceirização, Redução da maioridade penal, Contrarreforma Política (com medidas como financiamento empresarial de campanha, restrição de participação em debates, etc.) e a Entrega do pré-sal às empresas estrangeiras. Defendemos uma Petrobras 100% estatal. Além disso, estaremos nas ruas em defesa das liberdades: contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais.

– A saída é pela Esquerda, com o povo na rua, por Reformas Populares!

É preciso enfrentar a estrutura de desigualdades da sociedade brasileira com uma plataforma popular. Diante dos ataques, a saída será pela mobilização nas ruas, defendendo o aprofundamento da democracia e as Reformas necessárias para o Brasil: Reforma Tributária, Urbana, Agrária, Educacional, Democratização das comunicações e Reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.

Do PSOL Nacional, Kauê Scarim

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