Checamos: Gean Loureiro foi preso, detido ou “conduzido” pela Polícia Federal?
O dia 18 de junho foi bastante atípico para Florianópolis. A cidade amanheceu com a notícia de que o Prefeito Gean Loureiro (ex-MDB) havia sido preso pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Chabu. A Justiça também determinou o afastamento de Gean do cargo por 30 dias. Ele foi solto ainda na noite do dia 18.
Durante todo o dia, veículos de imprensa, colunistas e a própria assessoria de Gean desmentiram a prisão do Prefeito ou buscaram noticiar o fato com termos mais brandos, como “detido“, “levado” e até mesmo “conduzido”. Mas afinal de contas, o que de fato ocorreu?
Segundo os documentos da própria operação, a expressão correta é prisão preventiva. Ela foi autorizada pelo desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. O mandado de prisão nº 40001135281 foi assinado eletronicamente pelo desembargador em 3 de junho de 2019, às 21h51.
Porque Gean Loureiro foi preso?
O documento também justifica a prisão preventiva de Gean por dois supostos crimes. O primeiro é a formação ou participação em organização criminosa, com impedimento ou embaraço de investigações de infrações penais que envolvam organizações criminosas (Lei 12.850, art. 2º, § 1).
A segunda suspeita é de corrupção passiva, previsto no art. 317 do Código Penal. O termo é utilizado para definir quem solicita ou recebe, para si ou para outro, alguma vantagem indevida, em função do cargo público. Após ser liberado, o Prefeito negou todas as acusações e considerou o episódio como “a maior injustiça” de sua vida.
“Em resumo, o prefeito Gean Loureiro foi preso e é investigado por corrupção passiva e participação em uma organização criminosa. Qualquer coisa diferente disso é assessoria de imprensa ou propaganda”, avaliou o vereador Afrânio Boppré (PSOL).