Dificuldade econômica será agravada com austeridade de Dilma e Levy
A situação econômica no Brasil está, realmente, na corda bamba. Por mais que a grande mídia e setores conservadores exagerem o discurso devido à disputa política, o povo tem sentido cotidianamente o peso da recessão. E o pior é que alguns ganhos reais obtidos pelos mais pobres nos últimos anos podem se perder.
O IBGE, baseado na pesquisa Pnad Contínua, divulgou que a taxa de desemprego subiu para 8%, entre fevereiro e abril. Entre os meses novembro e dezembro, 511 mil empregos se perderam.
Economistas mais pessimistas acreditam que o índice de desocupação chegará a 9% no fim do ano. O PIB retraiu 0,2% no primeiro trimestre do de 2015. O cenário é nebuloso e já atingiu a renda dos trabalhadores, fato que há anos não se via.
Pensando nos meses entre fevereiro e abril, a queda foi de 0,5%, 3% e 2,9%, respectivamente. Para termos ideia, de 2006 a 2012, a renda média anual subiu 3,5%, descontada a inflação. Para este ano, o economista Fábio Romão acredita que a queda da renda pode descender 1,2%.
A média salarial também arrefeceu. A Fipe divulgou pesquisa em que aponta que o salário médio de admissão caiu 1,4%, em comparação com o mês de abril de 2014 e 2015. Os admitidos recebem 10,4% menos do que os demitidos. Para Waldir Quadros, economista da Facamp, cinco milhões de pessoas descenderam economicamente em 2013.
Inflação na casa de 8%, aumento do desemprego, diminuição da renda dos trabalhadores, recessão econômica, juros altíssimos, esses fatores são muito tensos e colocam em xeque os avanços vistos nos últimos anos.
Ao invés de estabelecer uma política econômica altiva, que coloque o Estado como principal investidor, o governo Dilma tem apostado na retirada de direitos trabalhistas, com as MP’s 664 e 665, em cortes brutais das áreas sociais, na subida inescrupulosa dos juros, sem contar o enorme plano de concessões para a iniciativa privada. Essa política de austeridade tornará pior a economia do país, sendo os pobres os mais prejudicados. Esse caminho seguido pelo Governo Federal distancia a ambição do Brasil ser um país justo e soberano.
por Ivan Valente
Deputado Federal – PSOL