Projeto de lei obriga as academias de ginástica a disporem de um aparelho desfibrilador
O gabinete do vereador Afrânio Boppré protocolou um projeto de lei que obriga todas as academias de ginástica de Florianópolis a dispor de um desfibrilador. Os recentes episódios de mal-estar súbito em academias de ginástica mostram a importância da existência dos aparelhos e de equipes treinadas em primeiros socorros. A desfibrilação é a aplicação de uma corrente elétrica em um paciente, através de um equipamento eletrônico, o desfibrilador, cuja função é restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco.
Como foi amplamente divulgado, no dia 12 de julho do corrente ano um lutador de MMA e Jiu-Jitsu faleceu em uma academia de ginástica, no Bairro Coqueiros, em Florianópolis. De acordo com o estabelecimento, após dez minutos no exercício, o atleta se sentiu mal e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas quando os médicos chegaram ao local não conseguiram reanimá-lo.
As arritmias cardíacas, quase na totalidade das vezes, são responsáveis pelas paradas cardíacas em adultos (acima de 95% dos casos). A Associação Americana do Coração estima que 20 mil vidas poderiam ser salvas por ano naquele país se os desfibriladores estivessem mais disponíveis. Nove estados norte americanos já têm leis que obrigam a colocação dos desfibriladores em academias e outros locais. O número de desfibriladores instalados nos EUA está na casa dos 250 mil aparelhos, sendo comum encontrá-los em aeroportos, estações de trem e metrô e até mesmo teatros e restaurantes.
Nas academias, por mais que se faça exames periódicos obrigatórios, seus freqüentadores estão vulneráveis a problemas de saúde, em função da alta performance física. Com um aparelho desfibrilador, até mesmo um leigo, tem quatro vezes mais chance de salvar uma vida.
A legislação brasileira não obriga estabelecimentos, como academias de ginástica, a ter o aparelho, mas alguns estados, como Minas Gerais, e várias cidades, estabeleceram essa regra em caráter local. Acreditamos que Florianópolis deve seguir o mesmo caminho.
Conheça o PL Desfibrilador.