Após sessão conturbada, CPI começa a sair do papel

Foto: Édio Ramos/CMF

Após uma sessão conturbada na noite desta quarta (4/10), a  Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar as comemorações do aniversário de Florianópolis começou a ser constituída. Os vereadores Afrânio Boppré (PSOL) e  Pedrão (PP) vão compor a CPI, representando o bloco de oposição. Já o governo indicou Rafael Daux (PMDB) e Roberto Katumi (PSD).Um terceiro bloco, formado por PR, PTB, PSC, DEM, e PRB não chegou a um acordo. Eles só devem indicar o seu representante nesta quinta-feira.

Depois de constituída a CPI, o vereador mais idoso entre os membros convocará uma reunião de instalação, na qual serão eleitos o presidente e o relator. A comissão terá 90 dias, prorrogáveis por igual período, para concluir a investigação e apresentar seu relatório.

A CPI do Aniversário de Florianópolis deveria ter sido instalada no primeiro semestre deste ano. Porém, numa atitude autoritária e irregular, o presidente da casa, Gui Pereira (PR), arquivou a investigação. Vereadores da oposição entraram na Justiça para garantir a realização da CPI. Após algumas semanas, o judiciário determinou que a Câmara abrisse a investigação.

Mesmo sob determinação judicial, os parlamentares governistas tem “embarrigado” a instalação da comissão. A Câmara foi notificada da decisão no final de setembro, e até ontem, a disposição de alguns parlamentares era a de atrasar o processo.

Entenda o caso

 

A CPI nasceu de uma denúncia anônima, enviada aos vereadores da capital. O documento acusava a Prefeitura de estabelecer “relações promíscuas” com empresários durante eventos oficiais, como o Carnaval e o Aniversário da Cidade.

O empresário Doreni Caramori Júnior, na época, Secretário Executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Florianópolis, é sócio da empresa que realizou as festividades na capital. Ele também é presidente do DEM.

Segundo a denúncia, Caramori estaria usando da condição de secretário para agenciar patrocínios para eventos realizados pela sua empresa. O caso ficou mais complicado, quando a Prefeitura pagou publicidade do evento – supostamente privado – na televisão.

Convocado pela Câmara de Vereadores para se explicar, Caramori foi evasivo e deixou boa parte das perguntas sem resposta. Dias depois, pediu exoneração do cargo.

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